terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Não só de comes e bébes vive o homem....
Nasci junto ao mar.Com doze anitos iniciei o meu desporto da pesca em alto mar,sempre que o meu tempo sobrava,depois das aulas.Posso dizer que fiz milhares de horas a navegar,principalmente nas zonas do Cabo Raso e Roca,sempre de cana na mão na pesquisa de sargos,choupas,robalos,besugos e muitos outros como os safios e moreias.Tenho cerca de doze albuns,repletos apenas de fotografias com as minhas melhores capturas.Peixes de maior calibre que me lembro de momento,foram safios com o peso entre vinte e um quilos e seis quilos.Nos mares da Comporta(Setubal) a nove milhas da costa,consegui capturar cinco tintureiras e duas gatas com pesos que variavam entre os vinte a vinte e sete quilos.O meu amigo Luis Ramos era nessa altura o meu companheiro de pesca.Tambem ele sofreu e gozou para capturar este tipo de peixe.Os estralhos eram de aço e a linha do carreto não ultapassava o 0,35 mm.Em abono da verdade estou a falar dos anos oitenta,em que a poluição nem falada era.A crise que ainda perdura começa a partir de 95.Nos nossos dias,para fazermos umas capturas razoáveis teremos que navegar para além das dezoito milhas para fora,e com os pesqueiros gravados no GPS.Tambem as sondas terão de ser de alta defenição.O peixe tem vindo a escassear de ano para ano e assim a pesca artesanal está pura e simplesmente condenada.Esses homens que tanto admiro,ficarão sempre na minha memória.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Chanchas,agasalhos e miscaros
Tenho dificuldade em não escrever assuntos sobre caça e pesca,mas os manjares que nos são oferecidos pelo Silva Santos remetem-me para a gastronomia,que este meu amigo talentosamente desenvolve.No Bravo estamos a uma altitude de 650 metros do nivel do mar e as densas florestas de Pinhal e Eucalipto que nos rodeiam,provocam-nos um apetite permanente.A penúltima vez o exímio Santos,convidou-nos para jantar na "Raposa" uma arrozada de Tordos com chanchas,agasalhos e miscaros.Dado que este ano poucos tordos havia,o meu amigo enfiou um galo campestre no caldeirão.Naturalmente que aquela arrozada levou mais alguns ingredientes,que achei por uma questão de educação não lhe perguntar,quais.O facto de sermos uns doze convidados,todos bastante ruidosos,a verdade é que enquanto comiamos,fez-se um silêncio absoluto,só interrompido por ligeiros gemidos de satisfação .Não sei quantas vezes
repeti.Tinha comido a melhor arrozada da minha vida.O nome
é:triglófaiveumacambira.Bem hajam.
repeti.Tinha comido a melhor arrozada da minha vida.O nome
é:triglófaiveumacambira.Bem hajam.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Tambem a Gastronomia
Bem,meus amigos,de comes e bebes,o Bravo está bem servido.Predomina a carne de porco(frita,cosida,grelhada) e em vegetais(couves,nabos,nabiças,batata etc.etc.)O grande anfitrião e profundo conhecedor de toda aquela bela região,é sem duvida o meu amigo Silva Santos que muito me tem ensinado,tanto na caça como como na pesca.Quando assume a responsabilidade de tratar gastronómicamente mais de oitenta famintos moradores,todo o seu semblante se altera;fica taciturno e com cara de poucos amigos.A sua concentração na feitura dos petiscos e comezainas, e naturalmente a responsabilidade que lhe cabe nestes eventos,dão-me a sensação que se encontra ausente.Dá gosto vê-lo trabalhar,com tanto empenho e eficácia.O seu arroz de cabidela,comido na Raposa,é um simples tratado,na alta gastronomia,na Beira Interior.Daqui,as minhas saudações e que continue durante muitos anos a dar alegrias a essa tão boa gente.
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